Sunday, December 03, 2006

A Lapa de nossos amores


(vinny, eu e léo, em cima dos arcos da Lapa - jun/ 2002)

Foi ontem. Mas estou escrevendo hoje, depois de um filminho da Disney, um musical cheio de canções de um amor adolescente, sem beijo. A ausência de beijo foi mesmo uma falha, mas não estragou a minha vontade de ser a garota do filme. Gabriela Montez é seu nome. Putz, eu estou falando isso pra vocês! Sinceridade patética!
Enfim... foi ontem. Na verdade, na madrugada de hoje. Devia ter escrito quando cheguei, às 5, quase. Agora estou sob efeito daquelas idéias tontas, subliminares ou não, que estamos acostumados a receber desde que nos entendemos por gente, originárias da Disney, de Hollywood, dos USA, de nove às seis.
Por causa delas, eu ainda acredito, no auge dos meus conturbados 23 anos, que eu vou encontrar, dia desses, algo nunca antes vivido, sensações nunca experimentadas, sininhos nunca ouvidos... blah! fala sério que eu ainda espero essas coisas!
Eu sou é uma enjoada. O dia-a-dia, a realidade... oh! eu não posso com ela! não consigo. não consigo!
Sou o lobo da estepe sonhando em ser a mocinha do filme. É uma homérica discrepância! Mas é isso que sou, e quem já leu a obra de Hermann Hesse, e me conhece, há de concordar comigo. se parar pra observar direitinho.
Eu queria falar da Lapa. Eu estava lá. Mãos dadas. A lua da Lapa é especial. Deixa tudo mais sensual. Mexe com a libido. Brinca com os sentimentos.
Pessoas de todos os tipos. Já andei muito pela Lapa buscando nos rostos as feições de um novo amor. Já andei pela Lapa, desesperada, bebendo a última gota de um amor, brindando ao outro distante. Já tropecei, já embreaguei-me de solidão. Já escrevi poemas e sonhei com noites em camas rangentes. Já fumei vaporosos cigarros da saudade. Ai, a Lapa! A Lapa das muitas fases... Eu e ela, em ciclos de amor, escuridão, êxtase e abandono.
A Lapa, cenário de tantos atos, de tantos encontros e testemunha muda de tantos fatos. "Tenho duas coisas pra te dizer: a primeira é que eu quero me casar com você. A segunda é que eu te amo". A Lapa dos plágios de filmes... Tudo o que fizemos foi imitar os filmes...

***
Pelas ruas escuras da Lapa, vida real x ficção.
Pelas ruas úmidas da Lapa, prefiro não falar de amor de novo. Not yet.

5 Comments:

Anonymous Anonymous said...

espero q venham mais dias como ontem!!! e ainda melhores se eh q eh possivel!

beijoo!!

ps. nao vai deletar esse tb nao ne?

1:06 PM  
Anonymous Anonymous said...

Que é isso, Vivi? Até que um pouco da pieguice de um longa da Disney na vida das pessoas não seria de todo mal. Não se sinta culpada por isso. Solte a Gabriela Montez que existe em você e seja feliz.

Deixando a questão de pieguice de lado e passando às mensagens subliminares Disney, famosas pelas constantes referências a sexo e Lúcifer, de acordo com as mais recentes teorias conspiratórias da Internet, talvez esse filme possa fazer bem. Se o papo das mensagens subliminares sexuais for verdadeiros, a Disney pode banir a frigidez da face da terra de uma vez por todas. Olha só que coisa maravilhosa. Hehehehehehe

Portanto, amiga, se você apresentar algum sintoma típico de pessoas que assistiram algo da Disney, faça como na propaganda da Sprite, obedeça sua sede. Hehehehe... Sejamos criaturas menos preocupadas de vez em quando. Talvez a solução seja essa.

Aliás, 23 ainda é muito pouco pra acreditar que as novidades se esgotaram. Por falar em novidades, elas só aparecem quando a gente não dá mais a mínima. Sendo assim, cuidado! O universo pode estar conspirando para preparar uma boa surpresa (tá parecendo até texto de horóscopo! argh!).

Achei interessante essa relação que você fez entre Lapa e Hollywood. Causa-me uma idéia de oposição. De um lado a realidade de um universo que reúne malandros, maconheiros, cheiradores, putas, travestis, mendigos, cults, clubbers, entre outros; do outro lado um mundo de fantasias cheio de pessoas mais que perfeitas que vivem seus eternos finais felizes. Interessante confrontar esses dois mundos, que torna inevitável pensar em realidades e escapismos.

1:18 PM  
Anonymous Anonymous said...

Eu gosto das histórias romanticas e dos finais felizes.
Sou tarado por isso. Gosto de me emocionar vendo coisas bobas. Gosto? não sei bem, eu sei que faço e me sinto bem com isso, mesmo quando é uma merda.
Ser sensível, como tudo, tem dois lados maravilhosos. Tudo é assim.
Todo sentimento tem seu irmão equivalente, que são pontos opostos em uma reta, mas, num círculo, irmãos siameses.
Mas correr? desesperar? desculpe, dessa eu passo - ao menos minto o suficiente para me convencer disso. Quero a minha estória e sou muito curioso pra me ver velhinho e acabado, relembrando tudo.
Mas não tenho pressa, pois realmente acredito que tem muita coisa boa pra rolar ainda.
não acredito fé, não, por favor. acredito por egocentrismo mesmo :)

5:09 PM  
Blogger Mana Malta said...

O melhor de tudo é saber que as pessoas têm pontos de vista diferentes para o mesmo objeto. Mas até onde somos observadores e não observados?
Beijos, Vai la no meu q tem coisa nova.

4:03 AM  
Anonymous Anonymous said...

pra ser sincero... nunca gostei da lapa.. só do circo, aaaaaaaaaltas rodinhas!!

mas lapa mesmo, nunca gostei.. muito cheio, apertado... ergh XD.. sou mais a heavy duty

bjo

7:37 PM  

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