Friday, December 22, 2006

Pra que minha vida siga adiante...


Adeus você
Eu hoje vou pro lado de lá
Eu tô levando tudo de mim
que é pra não ter razão pra chorar
Vê se te alimenta e não pensa que eu fui por não te amar
Cuida do teu
pra que ninguém te jogue no chão
Procure dividir-se em alguém
procure-me em qualquer confusão
Levanta e te sustenta e não pensa que eu fui
por não te amar

Quero ver você maior, meu bem
Pra que minha vida siga adiante
Pra que minha vida siga adiante

Adeus você
Não venha mais me negacear
Seu choro não me faz desistir
seu riso não me faz reclinar
Acalma esta tormenta e se agüenta
que eu vou pro meu lugar

É bom, às vezes, se perder sem ter por quê
sem ter razão.
É um dom saber envaidecer,
por si, saber mudar de tom.
Quero não saber de cor, também
Pra que minha vida siga adiante...


(Los Hermanos)

A pistoleira e os gêmeos


Enfim, o tão esperado beijo! Um gosto adolescente, me fez lembrar aqueles beijos de uma década atrás... Mas há muito mais coisas por trás deste descomprometido beijo. Pensei em muitas coisas más e mais.

Um gosto adolescente. Eu disse que ele, de pacato, só tinha a cara. Eu conheço as pessoas. Principalmente as nascidas sob o irresistível signo de gêmeos, como ele.

A pistoleira resolveu gritar hoje. Adoro o verbo gritar. A pistoleira nunca atua com geminianos, tenho que deixar claro (mudando de referencial)... Ninguém me usa e sai ileso, não por muito tempo.

Bem... exceto os geminianos. Podem tudo! Com seus toques fingidos, fugidios, mãos grandes e beijos adolescentes. Rostos plácidos, olhares distantes, sorrisos sem graça. Mentes velozes.

Não esperava que tivéssemos um diálogo tão direto. Para um atípico homem de gêmeos foi surpreendente. Para um homem aparentemente pacato, indefeso, um beijo adolescente, vorazmente adolescente, foi algo realmente excitante e revelador.

Excitante, pacato, mar, vulcão. Eu te senti por um pequeno, porém suficiente, espaço de tempo.

Paralelamente, meu lado abusado fez-se corajoso. Depois de realizar-me com mais um significativo aniversariante do mês de junho, senti-me tão cheia de mim... E fui pistoleira, coisa que homens diferentes de tu merecem de uma mulher. Diferentes de vós.

Pistoleira e cínica. Para outro. Para tu, intensa e saudosista. E desbravadora, do teu velho e conhecido beijo, adolescente, gêmeo.

Embora saiba das limitações da tua dúbia, aliás, da tua múltipla personalidade, e saiba que de um beijo como o teu não posso esperar nada mais que fantasias, ainda prefiro mil vezes a ilusão ao frívolo e confissional papel representado a qualquer outro. Da pistoleira, da desconfiada, da insatisfeita.

Sobre o que és tu, ou o que são vós, não sei nem quero saber. Não mais. As memórias antigas que me trazem e me trouxeram outrora... que seja! Eu não quebro mais a cabeça! Hoje vivo os beijos que, por graça, recebo, mas acredito que meu fim é ser pistoleira ao lado de outrem. Jamais serei suficientemente interessante para homens que enxergam a minha verdade, através da alegórica máscara romântica. Para homens infinitamente interessantes.




Jack Tequila, Absinto e afins


7o encontro literário. Nos reunimos na casa mais freqüentada do Instituto de Letras, a da Simone. Muita alegria no ar, alegria por estarmos ali novamente, meses depois, juntos, poetisando-nos uns aos outros. Estava muito feliz por ter como amigo-oculto um dos mais queridos amigos, porém achava-me insegura da qualidade do poema que lhe dediquei. Iniciada a sessão, fui ficando mais relaxada e até com certo orgulho por ter escrito com tanta emoção e comoção. E parece que foi bem-recebido: o amigo agradeceu-me com olhos úmidos.

Fui a amiga-oculta do amigo-mor. Ele, que parece me conhecer tão bem, falou de neverland, Peter Pan, olhos abertos e liberdade. Sim, essa sou eu. E ele foi, como sempre, perfeito em suas palavras.

Depois da confraternização e de discussões sobre futuro, com nossos pensamentos controversos sobre começo, meio e fim, alguns de nós partimos da amiga casa rumo à Lapa, só para variar.

Alegria, alegria! Que festa! Muita gente amiga e animada, tornando o próprio caminho uma diversão.

A Lapa estava especial. Encantadora. Repleta. É bom ver gente. É bom rever gente por aquelas ruas.

“Não sabe beber, não bebe!”. Eu não aplico muito esta máxima na minha vida não, mas desejo que meus amigos façam seu devido uso. Amigo-mor, aposente o Absinto e a Tequila. Faça como eu, renda-se aos encantos da boa, velha e careta loira-gelada. E seja fiel.

Dessa vez o amigo-morcego subiu uma UERJ no meu conceito. Amizade é pra quem pode. Amizade é vocação. Aliás, muitos gestos amigos aconteceram ali, às 4h da manhã, na rua Mem de Sá. Éramos três: eu, amigo-morcego e Mr. amigo, agüentando as violentas, literalmente, conseqüências de 9 (9, amigo-mor?) tequilas punks.

Estaria o fim-de-semana apenas começando?

Tudo acaba bem quando termina bem. Apesar dessa ter sido uma noite de muitas náuseas, ficou em minha cabeça e em minh'alma, embreagada de poesia, aquela energia inigualável da Lapa, aquelas imagens alegóricas, aqueles arcos de amizade que ali se fizeram monumento.

Sunday, December 10, 2006

O retorno

R.I.P.

Há sete palmos de terra, meu cadáver
Réquiem e funeral para um falso poeta
Que há muito perdeu a fé própria
Sonhos não morrem jamais?
Então podem me chamar pesadelo
E vamos logo que os vermes estão a me esperar!
No obituário, "endo flagelus" como causa mortis
Necropsia e dissecação de restos banais
Mente e crânio no pântano de filósofos abandonados
Olhos vítreos de um cego para a razão
Coração... apenas um músculo atrofiado
Pulmões inundados pela solidão
Figado castigado por paixões toxicológicas
Orgãos genitais marcados pelo pecado
Meus ossos... monumento ao meu intento
Alma fadada ao tormento
Com o beijo de Judas, fui traído
Caí e perdi minha imortalidade
Renegado, iludido, perdido
Descanse em paz, meu amigo
Aqui jaz um ébrio romântico, morto pela realidade!


Do poeta André Zotês, um grande amigo

Thursday, December 07, 2006

A bela e o lobo


Eu concordo com as pessoas que dizem que tomo certas atitudes só pra aparecer.
E que sou compulsiva.
E que sou sem-noção.
E que sou artificial.

Aliás, estou me sentindo muito artificial ultimamente.
Mas é porque minha natureza precisava ser deixada de lado.
Não quero mais ser o lobo da estepe.
Vamos compactuar com o que quer a sociedade! Um brinde à sociedade!

Arffff!

Isso são os restos de álcool de uma noite marginal.

Tuesday, December 05, 2006

Amores imperfeitos



Te vejo errando e isso não é pecado
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar

Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar ao menos mande notícia
Cê acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se curam
E essa abstinência uma hora vai passar...

(Na sua estante - Pitty)

Bom momento pra ficar quieta


De repente comecei a me sentir cansada.
Nada desse papo, que já começa a ser repetitivo, de angústia não. Cansaço mesmo.
Um ano. Um ano muito bem vivido cansa. E demorou a bater essa moleza.
Foi tanta coisa... Todo mundo comenta que parece que os anos estão passando cada vez mais rápido... 2006 durou uns dez anos para mim.
Diferentemente de 2005, "o ano que parecia não ter fim" para um quarteto de super-heróis intensos, não foram dez anos no estilo via-crucis.
Na verdade, foi um ano que valeu por dez.
Esse ainda não é o momento das despedidas nem dos troféus aos melhores e aos piores do ano, mas tenho que apresentar logo os candidatos, pois quero que me ajudem com seu voto! rs
E quando eu começar a contar as melhores histórias do ano... hihihi... se preparem!

DDKs.
Fui a várias em 2006. Pensando que recordar é viver.
Nessa foto eu estava vivendooo. Eu estava recordando... Foi a primeira sem o meu fiel parceiro de DDKs.

Cansaço bom, de um ano cheio de buscas. E algumas boas chegadas.

Monday, December 04, 2006

LOIRA CARENTE QUE QUER SEMPRE MAIS PROCURA...



Parece até correio do amor de revista pornográfica! Não gente, eu não pirei de vez e tô procurando alguém pra mim pelo blog não (rs). Vou contar-lhes minha triste realidade e vocês vão entender o porquê da escolha do sugestivo título.
Putz! Tentando me recuperar de uma apatia doida da última semana, saí de casa toda sorridente, esperançosa hoje... atenta, tentando, finalmente, descobrir o que me faz sentir tão incomodada, desconfortável, agoniada, com tanta freqüência.
Pensei nas minhas mesquinharias: as tantas brigas, a minha necessidade de chamar atenção, de me auto-afirmar... (oh não! estou eu mexendo nas feridas!!! falando delas!!! pára!!!)
Sábado, por exemplo, me estressei feio com um rapaz boa-praça, bacana, que é até humilde de nascença, coisa e tal... certo que o rapaz está naquela fase de se sentir estrela de algum lugar, mas... nem sei se isso é fato, ou se é despeito meu, só porque o coitado é a bola da vez em nosso mundinho acadêmico (politicamente falando). olha que coisa! que pequeneza de alma! Fiquei pensando nos desaforos que atirei contra o pobre: "Falso democrata! facínora!", eu dizia. tsc tsc tsc, que papelão!
Eu nem tenho que remexer tão fundo no meu eu, pois sei o que acontece comigo! Sei? Fico por aí, botando culpa na pobre da carência, chamo de "carência ariana", ainda por cima. Eu digo aos ventos: "ai, gente, é que eu sou tão carente...", com voz de xuxa e tudo. Carência não pode justificar tudo o que eu faço de errado na minha vida. Claro que não pode.
O pessoal fala que eu me acho a última coca-cola gelada do deserto às 3 da tarde, o que já rendeu até comunidade no orkut... eu entendo o que eles dizem. entendo a piadinha do amigo-morcego ("quantas vivianes é necessário pra trocar uma lâmpada? uma. ela coloca a lâmpada lá e espera o mundo girar em torno dela". algo assim, mas ele conta bem melhor, claro.). Porém não sei muito bem se o que há em mim é mesmo excesso de auto-estima não. Não seria o oposto, a falta dela? É bem confuso.
Pensei em um monte de coisinhas que me incomodam, me irritam, como o sorrisinho presidencial do tal colega (psiiiii, falando baixo: eu devia mesmo era voltar pra análise). Sabe o que eu noto? que me sinto incomodada porque eu quero sempre mais. sou uma insatisfeita. uma insaciável. eu espero sempre mais das pessoas, eu não me contento com as coisas, eu quero estar sempre por dentro dos assuntos, dominar seus pensamentos, sua vida, quero que você me ame, me idolatre, de forma doentia. quero ser sua melhor amiga, a melhor mulher que você já teve. que confie em mim cegamente. quero que nada tenha graça sem minha presença, que sintam a minha falta. que percebam o quão sou imprescindível e insubstituível, quero...
(mentira que falei isso tudo?!?)
blah! agora me diz, tem como saber que diabos de pessoa eu sou? uma louca? ok, isso sim é uma verdade a meu respeito. mas e o que mais? dá pra dizer se eu me acho coca-cola gelada, se eu me acho coca quente, mate estragado, se sou carente mesmo, de carteirinha e tudo, se o que eu preciso é de ajuda espiritual, médica ou sexual? se eu devo ter algum trauma de infância? se Freud me explica?
Por hora, o que se explica é o título cheio de graça...
agora, corrigido:

"loira carente que quer sempre mais procura-se...". sendo "se" um pronome reflexivo, claro.

Honra de poeta morto


"Fui à floresta porque queria viver de verdade
Eu queria viver profundamente
e tirar toda a essência da vida
Fazer apodrecer tudo que não era vida
e não, quando eu morrer, descobrir que não vivi."

(Henry David Thoreau)

*

Sol nasceu
Ninguém que eu saiba morreu
Ninguém me viu lá embaixo
Só no riacho

Sul da América
Um ponto luminoso
Entre milhões um ponto lá
Chamado amor

Aurora joga o anzol sobre nós
vamos cantar o amor do sol
O sol que volta no varal
Do horizonte extenso, nacional

Pedimos o fim da guerra civil
Pedimos e podemos isso
Pedimos um café pra tocar
Pedimos fé no Brasil

É tanta cidade que eu já passei
É tanto nome que não lembrei
É mágoa antiga que eu não rezei
Pra não voltar nessa hora boreal

Há muito tempo que eu tô na estrada
Já vi planícies ensolaradas
Já vi baias, rios, planaltos
E todo amor é salto vertical

Um dia isso vai ter que passar
Um dia eu volto pro meu lugar
Há sempre alguém a nos esperar
Um dia eu volto pra lá

Dormindo no chão do aeroporto
Como se eu fora um poeta morto
Aero acesa a minha esperança
Que hoje me alcança, diagonal

(Skank)

Sunday, December 03, 2006

SICK SAD LITTLE WORLD


WARNING
He's megalomaniac

Pelos ares


(preste atenção nesta gravura. o que você vê?)


Não lhe peço nada
mas se acaso você perguntar
por você não há o que eu não faça

Guardo inteira em mim
a casa que mandei
um dia
pelos ares
e a reconstruo em todos os detalhes
intactos e implacáveis

Eis aqui
bicicleta, planta, céu,
estante, cama e eu
logo estará
tudo no seu lugar

Eis aqui
chocolate, gato, chão,
espelho, luz, calção
no seu lugar
pra ver você chegar

(Adriana Calcanhoto)

A Lapa de nossos amores


(vinny, eu e léo, em cima dos arcos da Lapa - jun/ 2002)

Foi ontem. Mas estou escrevendo hoje, depois de um filminho da Disney, um musical cheio de canções de um amor adolescente, sem beijo. A ausência de beijo foi mesmo uma falha, mas não estragou a minha vontade de ser a garota do filme. Gabriela Montez é seu nome. Putz, eu estou falando isso pra vocês! Sinceridade patética!
Enfim... foi ontem. Na verdade, na madrugada de hoje. Devia ter escrito quando cheguei, às 5, quase. Agora estou sob efeito daquelas idéias tontas, subliminares ou não, que estamos acostumados a receber desde que nos entendemos por gente, originárias da Disney, de Hollywood, dos USA, de nove às seis.
Por causa delas, eu ainda acredito, no auge dos meus conturbados 23 anos, que eu vou encontrar, dia desses, algo nunca antes vivido, sensações nunca experimentadas, sininhos nunca ouvidos... blah! fala sério que eu ainda espero essas coisas!
Eu sou é uma enjoada. O dia-a-dia, a realidade... oh! eu não posso com ela! não consigo. não consigo!
Sou o lobo da estepe sonhando em ser a mocinha do filme. É uma homérica discrepância! Mas é isso que sou, e quem já leu a obra de Hermann Hesse, e me conhece, há de concordar comigo. se parar pra observar direitinho.
Eu queria falar da Lapa. Eu estava lá. Mãos dadas. A lua da Lapa é especial. Deixa tudo mais sensual. Mexe com a libido. Brinca com os sentimentos.
Pessoas de todos os tipos. Já andei muito pela Lapa buscando nos rostos as feições de um novo amor. Já andei pela Lapa, desesperada, bebendo a última gota de um amor, brindando ao outro distante. Já tropecei, já embreaguei-me de solidão. Já escrevi poemas e sonhei com noites em camas rangentes. Já fumei vaporosos cigarros da saudade. Ai, a Lapa! A Lapa das muitas fases... Eu e ela, em ciclos de amor, escuridão, êxtase e abandono.
A Lapa, cenário de tantos atos, de tantos encontros e testemunha muda de tantos fatos. "Tenho duas coisas pra te dizer: a primeira é que eu quero me casar com você. A segunda é que eu te amo". A Lapa dos plágios de filmes... Tudo o que fizemos foi imitar os filmes...

***
Pelas ruas escuras da Lapa, vida real x ficção.
Pelas ruas úmidas da Lapa, prefiro não falar de amor de novo. Not yet.

Friday, December 01, 2006

dois dedos... de uísque.


o que fazer quando tudo pára e você quer mais?
geralmente, eu acabo e a noite continua. Isso é bem comum. Mas e quando a festa acaba, todo mundo vai embora, a rua te expulsa e você... ainda nem começou?
Isso é muito raro, mas me aconteceu hoje.
Você começa a pensar no outro lado do mundo. As pessoas no Japão... Ou ali, meus amigos de Sampa... Um avião, por favor!!!
Também, na verdade, nem faltava muito para eu estar cheia da noite. Cansaço acumulado, essa malhação infernal... Eu nem estou tão inteira assim.
Chegar em casa, entrar no msn e ver: amigos bem-resolvidos jogando sinuca on-line, amigos em festinhas e, mesmo assim, ligados na virtualidade... Todo mundo tá fazendo nada. E quem tá fazendo alguma coisa? Quem está movimentando o mundo agora? Eu não sei.
Choro palavras carentes para pessoas ausentes. Internet e futebol dão fome. Nada poderá me salvar do que eu quero fazer e nem sei.
Estou pensando até em Vigotsky e nas palavras que somem. Quando elas somem, é melhor se calar. Quando não se sabe pra onde ir, é melhor ir dormir. Hoje eu não ando mais por aí.

Quando entra dezembro



Não se preocupe comigo
Mas eu não volto mais pra casa não
(...)
Eu, que talvez esteja mais próximo que pareça,
vago no umbral da vida ou nas lembranças da beleza
Não sei se virei fim ou me perdi em mim
Mas, nessa expressão posso ser história em recomeço
Psicografado, nunca esquecido ou requerido
Não se preocupe comigo
Mas com a época que devora caminhos e destinos
Com tanta pressa
Apagando rastros que nos ensinam e nos permitem voltar


(Marcelo Yuka)